quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Você é muito engraçada!

Vamos começar assim, eu dou R$1.00 para quem ver em mim uma qualidade. Não, não estou com nenhuma crise existencial ou complexo de inferioridade, eu só quero que achem qualidades em mim. É fácil olhar o próprio reflexo e se auto-denominar X, ou Y, ou Z, ou todas as letras do alfabeto. Mais fácil ainda é se sentir, X, Y ou Z para todos os outros a quem você gosta. Como caso pessoal sempre me julguei companheira, confiável, sempre me conciderei amiga, e uma coisa que eu sempre ouvia era "Você é muito engraçada!", ou, tudo que eu falo é rodeado de risadas e mais risadas, então, ao longo de 18 anos sempre achei que sim, fosse um elogio, mas, de um tempos para cá ando vendo de forma tão...tão. Porque não "Você é tão inteligente" ou "Você é tão perspicaz", não que eu me considere tudo isso, mas, será que a qualidade que mais aflora em mim é a minha graça? Será que é isso mesmo? Queria sim ser levada a sério as vezes, poder me sentir triste e ficar triste, porque sim, são coisas completamente diferentes, e queria fazer isso sem o peso de fazer as pessoas se sentirem bem, sempre. Não saber confortar pessoas sempre me fez leva-las a rir, e eu sempre me resolvi muito bem com isso, mas, agora não. Acho que a final de tudo eu estou sim com alguma crise de identidade ou existecial.

domingo, 23 de agosto de 2009


- Ouça, eu estou com fome. Está a fim de comer ou beber algo?
- Não, eu... acho que não.
- Tudo bem.
- Obrigada.
- Não quero pegar você de surpresa, mas o que as mulheres querem? Isto é, eu não entendo. Querem que a gente convide, não querem. Querem que a gente avance, não querem. Querem a gente por baixo, por cima. Que a gente use produtos para os cabelos, não use. O que querem?
- Vou lhe dizer, mas prometa não dizer que eu contei.
- Eu juro.
- É um segredo sagrado.
- Segredo sagrado.
- Está pronto? Tem certeza?
- Creio que sim.
- Venha aqui. Não temos a menor idéia do que queremos.
- Eu sabia!
Trecho do filme P.S. I Love You.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Quase...

Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que incomoda, que me entristece, que mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença do "Bom dia", quase que sussurrados.
Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. Não é que a fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance; para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência, porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossiveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando, porque, embora quem quase morreu esteja vivo, quem quase vive já morreu.

Luis Fernando Veríssimo.

domingo, 16 de agosto de 2009

Depois de 3 casamentos desfeitos ela resolve se envolver em mais um, que junto vem uma menina de 10 anos. Como se já não bastasse 2 dentro de casa ela me arruma um relacionamento que, com certeza, não vai dar certo e que ainda vem com uma criança de brinde. Você acha mesmo que eu tenho idade pra ficar bajulando uma menina que não é, e não vai ser, nada minha? Eu já disse pra ela comprar um cachorro, mas não, insiste nisso de relacionamentos e mais relacionamentos. Quer saber, daqui a pouco eu vou embora e não preciso vai vivenciar tudo isso, mas uma coisa eu posso te dizer, as vezes agradar da vontade de morrer.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Ensinam muitas coisas às garotas. Se um cara bate em você, ele gosta de você. Nunca tente aparar a própria franja. E, um dia, vai conhecer um cara incrível e ser feliz para sempre. Todo filme e toda história implora para esperarmos por isso. A reviravolta no terceiro ato. A declaração de amor inesperada. A exceção a regra. Mas, ás vezes, focamos tanto em achar nosso final feliz que não aprendemos a ler os sinais. A diferenciar entre quem nos quer e quem não nos quer. Entre os que vão ficar e os que vão nos deixar. E talvez esse final feliz inclua um cara incrível. Talvez seja sozinha recolhendo os cacos e recomeçando. Ficando livre para algo melhor no futuro. Talvez o final feliz seja só seguir em frente. Ou talvez o final feliz seja isto, saber que mesmo com ligações sem retorno e corações partidos, com todos os erros estúpidos e sinais mal interpretados, com toda a vergonha e o constrangimento, você nunca perdeu a esperança.

Trecho do filme He's Just Not That Into You