sexta-feira, 28 de maio de 2010

Queria que as coisas estivessem diferentes entre nós.
Queria querer saber o que você pensa. Se pensa em mim.
Queria sorrir ao ver o teu nome chamando no telefone. Suspirar sozinha lembrando do teu sorriso.
Sentir teu perfume na rua e me arrepiar.
Queria te pegar olhando pra mim. Te roubar um beijo.
Encostar minha mão na sua. Minha boca na sua. Encostar em você.
Pensar em você a maior parte do tempo. Dividir com você, seja o que fosse.
Queria sentir ciúmes de você. Ciúme bobo. Infantil.
Queria que você estivesse mais aqui. Estivesse aqui. Existisse.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

- Sabe do que eu sinto falta?
- Do que?
- De ter alguém pra amar.
- Desde quando você sente falta disso?
- Não sei. Só sei que sinto falta.
- Hum.

[...]

- Olha, uma estrela cadente! Faz um pedido!
- Fiz!
- O que você pediu?
- Que você me veja e pare de sentir falta.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Lovehot.

Como começou? Ele sorria quando passava por mim, acenava de longe assim que me tinha a vista. Depois percebi que em toda roda de amigos ele falava olhando para mim. Não me pergunte porque.
Um dia, eu estava vindo para casa e ele resolveu me acompanhar. Nós falamos tanto que pareceu que eu morava mais longe do que realmente é.
Percebi aos poucos que sentia falta dele na sala. Me peguei procurando ele muitas vezes só para dizer "Bom dia". Ou pelo menos era isso que eu achava. Quanta ingenuidade.
Depois de um tempo procurando, sorrindo, conversando, percebi que gostava de ficar perto dele, e do jeito que ele encostava em mim. E encostar mesmo, o simples ato de tocar as mãos já me deixava...leve.
Certa vez, ele me contou um caso de uma menina a qual ele estava se interessando, ou qualquer coisa do tipo. Lembro que fiquei com ódio dele. E da menina. E então percebi. Eu queria ele pra mim.
As coisas mudaram rapidamente entre nós, por minha causa. Eu olhava pra ele e via coisas que não via antes. Quando eu falava com ele eu me sentia mais doce. sabe, doce? então.
Até que um dia, numa dessa dele me levar em casa, roubei um beijo dele.
Bom, se foi bom? não sei, só sei que só quando ele me abraçou eu percebi que tinha feito uma coisa certa.
Se estamos juntos? Sim, estamos. E ainda me sinto doce quando ele fala comigo. Ao pé do ouvido. Ainda me sinto leve quando ele me toca. Seja lá onde for. E me sinto muito, muito satisfeita de ter beijado ele e ter ele pra mim. Em qualquer lugar.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Príncipe Estampado

Desmancha essa cara de galã de novela.
A gente não quer ninguém montado, ninguém ensaiado, ninguém coordenado.
A gente quer sorriso bobo, cantada barata, beijo roubado.
Do jeito que você vem não importa, o que importa é que venha, pontualmente.
Se importe com o perfume, com o toque, com o jeito de olhar.
Diga que estamos lindas, repare nas unhas feitas, no cabelo escovado, no batom novo.
Nem todo mundo te quer pra sempre, nem todo mundo te acha tão lindo, mesmo que você seja.
Onde fica a amizade? A simpatia? A educação de mãe?
Responda com carinho, sorria com amizade. Se quiser, ou não.
Pegue na mão, ofereça carona, mesmo que não queira dar.
Conquiste. Fãs, antes de tudo.
Beije com vontade, abrace com desejo. Sem mãos. E você compreende o que isso quer dizer.
Depois que se lembrar de tudo, me liga. E diz que achou um papel meio amassado, no canto da porta, com tudo isso escrito e o número do meu telefone. Me chame pra sair, se desculpe por qualquer coisa.
meu príncipe encantado me espera, estampado de galã com um Q de sem-caráter.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Semana que Foi.

Foi tão bom ver o sorriso dela me olhando. Sentei do lado dela, e parece que o céu estava dentro do meu coração. Ela pegou na minha mão, ficou me olhando com aquele olhar compadecido.
Eu senti que ela queria chorar, que não queria que fosse e que se fosse, que voltasse logo.
Eu não gosto quando ela faz isso, sabe, ficar jogando toda a responsabilidade de tudo para cima de mim? Você compreende?
Não houve muito diálogo. Ela ficou mais tempo me olhando e segurando as lágrimas.
Peguei a minha passagem de ônibus, me levantei. E senti novamente aquele punhal sendo cravado no meu cérebro. No meu peito não porque já me sinto anestesiada neste âmbito. Mas eu não posso me proibir de pensar nela aqui. Queria que cuidassem dela. Queria que as pessoas soubessem que ela é carente, como eu sei.
Ouvi a preparação para a saída do ônibus. Ela já não continha as lágrimas por mais que eu dissesse para não chorar que eu voltava logo, não adiantou.
- Você se cuida. Cuidado com as pessoas. Eu vou te ligar todos os dias. Não esquece nada.
- Pode deixar, mãe. Te amo.