quarta-feira, 28 de outubro de 2009

- Eu não quero mais nada disso. Nada. E não precisa falar nada para mim, é só sair. Já esta sendo difícil ter que falar.
Juro que foi assim. Ele entrou, me sorriu com aquele sorriso sedutor e veio na minha direção, e antes que me tocasse preferi falar tudo. E não pense que eu parei por aí:
- Não gaste seu latim tentando me convencer a manter essa situação porque simplesmente não há retórica. Quando toda essa história começou é claro que eu estava ciente das condições, mas depois de um tempo toda mulher cansa dessa situação, desse joguinho de poder que você finge dominar.
Lembro dos olhos dele fixos em mim. Ele estava parado, me olhando, e toda vez que ele tentava falar alguma coisa eu começava a falar mais. Eu não queria dar brechas para que ele me convencesse a continuar com aquilo.
- Eu cansei de ser coadjuvante na sua vida.
Desatei a falar:
- Cansei de ligações as escondidas. Cansei de esconder a minha felicidade, o meu desejo. Cansei de te esconder das pessoas. Cansei desse teatro todo! Eu não quero viver de aparências. Quando esse nosso caso começou não passava de vontade, de carne. Você sempre soube o quanto mexia comigo e para te falar a verdade eu gostei por muito tempo desse jogo. Os olhares, os toques, talvez o perigo. Vou te contar que a primeira vez que te tive na minha cama me senti uma adolescente escondendo alguma coisa muito errada dos pais, e eu gostei daquilo. Não vou colocar a culpa disso tudo em você. A culpa é toda e estritamente minha por aceitar. E eu aceitei. Eu sabia desde o começo. Você não escondeu de mim, acho até muito digno da sua parte, mas eu não quero mais.
Depois de tanto falar eu finalmente parei. Aquele silêncio tomou conta de todo o lugar. Eu senti o ar faltar dentro do meu peito, minha garganta amargava, eu sentia como se estivesse jogando meu bilhete premiado pela janela daquele décimo andar.
- Tem certeza do que você está fazendo?
Quando ele disse isso eu senti uma lágrima, canalha, caido do meu olho. E com a maior rapidez que eu pude eu disse: Sim! Acho que eu cheguei a gritar naquele momento.
- Aboluta certeza! Não existe mais como cogitar essa idéia! Eu quero os meus amigos e o meu amor, juntos, eu quero fotos reveladas pela casa! Eu quero domingos com toda a família. Eu quero andar de mãos dadas pela rua! Eu quero um relacionamento clichê! Eu quero ser amada por completo! Eu não quero ficar fugindo de lugares, inventando desculpas.
Ele passou a mão pela cabeça, percebi que ele estava aflito com aquela situação. Eu falava, gesticulava, percebi que o meu tom de voz já estava alterado. Mas tudo chegou a piorar.
- Você sabe que eu amo você.
Quando ele disse isso minhas mãos queimaram e com muita vontade e com muito ódio fiz questão de deixar a minha marca no rosto dele. Lembro de esbravejar mais alguma coisa antes de dizer:
- Não ouse dizer que me ama, porque o que você sente por mim é qualquer coisa, menos amor! Diga que sente tesão por mim. Diga que eu consigo te seduzir. Nunca diga que me ama, porque se você me amasse as coisas não tomariam esse caminho. Você tem que amar ela! Ela que faz de você o sentido de vida, que te tem. Eu não te permito sentir amor por mim. A mim você usa. Você quer. E eu não quero mais. Não quero mais ser a outra. Não quero mais significar falta de compromisso. E eu também não quero que você a largue para ficar comigo, quero te deixar livre para tentar salvar alguma coisa que eu estou a procura e que você não pode me dar.
A conversa se encerrou por ali.
Ele respirou fundo, passou a mão na chave do carro, foi em direção a porta, chegou a me olhar novamente e sacudir a cabeça e f0i a última coisa que eu vi. Preferi sair dali e ir chorar as minhas dores. Eu estava errada. A partir do momento que deixou de ser um jogo para mim eu vi que as coisas iriam de mal a pior. Eu não poderia estar apaixonada por um homem comprometido, por mais intimidade e liberdade que ele me desse. Eu estava. Por isso resolvi terminar com tudo que existia e com tudo que poderia vir a existir.
É claro que vai me doer ve-lo todos os dias, mas a vida continua. E enquando doer, eu vou respirar fundo e lembrar que ele nunca ia ser meu por inteiro. Eu tenho certeza.

domingo, 25 de outubro de 2009

Coisas que você não precisava, mas vai, saber sobre mim.

Oi. Talvez eu devesse deixar esse post para a postagem número 100, ou eu devesse ter postado de primeira, mas bom, resolvi postar agora mesmo, sem motivos aparentes ou explicações óbvias. Primeiro vem com o nome: Alana. E foi a minha mãe que escolheu. A mesma mãe que tinha escolhido Rafael e que teve que trocar quando descobriu que bom, não era mesmo um garotão. E a mesma mãe que é pai, mãe, tia, avó, melhor amiga. O significado é bonito, mas não segue muito a regra. Eu tenho 18 anos, completados este ano. Sou pisciana nascida em março. Eu ♥ Vasco da Gama. Moro com a minha mãe, com minha irmã, e com o conjuge da minha mãe que não, não é o meu pai. Meu pai é um capítulo a parte que renderia mais assunto. Minha irmã tem 15 anos, e eu morro de ciúmes dela. Acho que no mundo todo é a única pessoa que eu sinto ciúme. Agora que ela está namorando então, ui, não vamos entrar nesse assunto também porque deveriamos falar de mim. Não tive muitos relacionamento amorosos, e quando eu digo que não foram muitos não precisa achar que eu estou sendo modesta, ou não quero contar, eu realmente não tive muitos relacionamento, e para te contar uma coisa, nunca me fez muita falta. Eu sou e estou solteira. E não me venha com aquela histórinha que "você precisa arrumar um namorado, vai ficar encalhada" porque eu não caio nessa. Tenho problemas com demonstrar interesse, com retribuir interesse, é, não me pergunte porque. Tenho manias estranhas e ultimamente ando achando elas mais estranhas do que o comum. Gosto de atravessar a rua no mesmo lugar, gosto de rotina, gosto de coisas iguais, mas odeio morar no mesmo lugar por mais de 2 anos. Existe um espírito nômade dentro de mim. Eu amo cachorro, já tive alguns, mas onde eu moro não deixam a gente ter, concorda que é uma sacanagem? Eu também! O meu próximo cachorro vai se chamar Bruce, por causa do Batman. É, eu sei, bobagem né!? Então, eu faço pré-vestibular a 2 anos. Não, não é fácil. E toda vez que alguem me diz para tentar alguma coisa mais fácil eu tenho mesmo é vontade de gritar porque fazer alguma coisa mais fácil não vai me deixar feliz, então, eu continuo na minha jornada. Ah, deixa eu ressaltar que os posts de relacionamento é com ele, o vestibular. Minha irmã fala que eu vou casar com os livros, minhas amigas dizem que eu vou ficar maluca, mas eu quero mesmo é ser uma maluca casada com livros na faculdade pública! Eu tenho medo de pombos, é pombos, aquelas aves estranhíssimas. Tenho medo de palhaços, logo, odeio circo. Não como fruta. É, não precisa citar "nem morango?" ou "nem uva?". Não! Eu odeio até o cheiro! Não tomo sorvete de fruta, não como doces de fruta, nem tomo suco, nem bala, nem refrigerante de laranja! A única coisa de fruta que eu tomo é aquele efervecente com vitamina C, mesmo assim quando eu fico doente. O que acontece com frequencia. Eu tenho rinite alérgica, e a alergia é aos fungos do ar. Sabe o peixinho do filme "Procurando Nemo" que é alérgico a H2O? Então, eu sou a versão humana dele. Eu adoro uma banda ruim, sabe, essas em começo de carreira, com letras mal formuladas, mas também gosto de do que todo mundo gosta. Mas eu não ouço pagode, não ouço forró, não ouço qualquer variação dessas coisas, é, você entendeu. Não acredito na política, também não acredito em ovni's. Não acredito em amor eterno. Não acredito em muitas coisas mas acredito em muitas coisas também. Sou fútil, consumista, realista, pessimista, irônica, possessiva, detalhista, perfeccionista. Engraçada. Mas sabe, eu estou bem assim. Claro que eu tenho muita coisa à reclamar, mas como diz a minha amada mãe: Nada como um dia após o outro e a lua no meio.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

again;

Por mais uma vez canso minha fala e quem me ouve com essa história tola. Essa história que tem a mim, a você e a um cansaço mórbido como protagonistas. Essa história onde eu, cansada de você, fico tentando por um ponto final nesse caso cheio de vírgulas, cheio de reticências, cheio de interrogações. Estou tão farta de debater a nossa relação, que não fica apenas entre nós, que possui picos de audiência semana após semana, mês após mês.
Cansei a algum tempo de sonhar em não te ter, cansei também de tratar esses sentimentos que correm em circulo dentro de mim, e se perdem e somem e cansados de correr pairam nos meus pensamentos. Me cansam. cansam.
Preciso, não mais como sonho ou por capricho, mas por saúde que você me esqueça. Cansei dessa necessidade obcecada que você tem de mim. De nós. Cansei, sem voltas, de você.
Pare de enrrolar, de fingir que tudo está como no começo, quando todos, até eu, acreditavam nessa angustiada relação, nessa situação misturada, confusa, indististinta. Me deixe de lado. Cansei de estar trancada com você, de resolver problemas de fuso.
Canse-se de mim, para o meu próprio bem.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Planos para

minha próxima vida.
Pode parecer clichê demais começar com "Tudo começou", mas foi exatamente assim que começou. Tudo começou quando a minha mãe engravidou, e quando eu digo que foi ai, você pode acreditar que foi. Minha mãe queria um menino. Já estava tudo programado, o nome escolhido, e depois de cinco longos meses eu não era, definitavemente, o garotão da mamãe. Minha mãe tentou mais uma vez, e parece que o homem da familia não era mesmo para vim, enfim, minha mãe desistiu, mas esse não é o assunto a se tratar aqui. Hoje, depois de desenvolver preferencias e tudo mais, percebo coisas que não é comum a uma menina gostar. Eu grito quando vejo futebol, torço, choro pelo meu time, diferente de muitas meninas que só reparam em perna de jogador eu debato em mesa de bar se aquela jogada foi ou não impedimento. Eu gosto de economia, de bolsa de valores. Gosto de carros, falo em dirigir desde os 10 anos de idade. Com isso, percebe-se, que talvez os meses que a minha mãe conversou com um menino tenha influenciado nos meus gostos depois desse tempo, mas esse ainda não é o que eu tenho a tratar aqui. Você já ouviu falar em mulher rica? E eu não estou falando em riqueza depois do casamento, porque isso não é riqueza é esperteza! Homens não fazem a unha toda semana, não se preocupam com depilação, com a raiz do cabelo que cresceu e precisa ser retocada. Homens não viram mães, não viram esposas, não serão sogras (e logo ganham bonus de não serem odiados). Homem só ganha piada se for português. Homem raspa a cabeça e não fica com cara de doente nem com cara de revoltado. Homem pode andar sem camisa. Homem não sofre mensalmente com dores, com mudanças de humor. Homem não recebe cantada barata na rua se sai de vestido depois das dez da noite. Homem não recebe buzinadinha enquanto espera o ônibus. Homem faz xixi de pé! Depois de apresentar todos esses pontos à favor do sexo masculino, vocês já devem ter percebido qual é o meu principal plano para a próxima vida: Ser Homem! E para satisfazer a minha mãe, pode até ser Rafael mesmo.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Fim.

Eu não queria que fosse assim, mas foi você quem escolheu. Você está na minha vida a quase 3 anos e agora, olhando assim, eu não vejo com bons olhos todo esse nosso relacionamento. Eu sei que tudo que você faz é para o meu bem, eu sei. As vezes eu interpreto as coisas erradas, vejo problemas onde não tem. Eu sei que, no fundo, tudo o que você quer é se ver livre de mim. Fico imaginando as pessoas falando do nosso relacionamento, você não? Já pensou quanto de dinheiro eu já gastei com você? E não é só dinheiro, e o tempo, a paciência, a calma? Isso tudo não conta? Sinto te dizer desta forma, tão impessoal, mas, nosso relacionamento vai acabar. Daqui a pouco tempo, espere, não vejo passando deste ano. Você deve estar pensando que eu sou sem coração, que eu não quero o seu bem, mas entenda que para mim, não existem mais qualidades. Vejo as pessoas te roubando, te vendendo agora também, e você não faz nada. Ano que vem você assumirá outros relacionamentos, e eu tenho certeza que você vai ficar feliz com o caminho que eu vou trilhar. A amizade continua, certo, ENEM? Mande noticias em 45 dias. beijos.